Petrobras indica que preço da gasolina deve seguir estável, mesmo após cortes no diesel

Apesar das recentes reduções no valor do diesel, a Petrobras sinalizou que não há previsão de queda no preço da gasolina. A informação foi dada nesta terça-feira (13) pelo diretor de Logística, Comercialização e Mercados da estatal, Claudio Schlosser, durante conferência com analistas do setor.
Schlosser explicou que, ao contrário do diesel, que tem apresentado tendência de baixa nas cotações internacionais, a gasolina segue em movimento de alta. Um dos fatores que impulsionam esse cenário é a chegada do verão no Hemisfério Norte, período marcado por aumento na demanda nos Estados Unidos durante a “driving season”, época de férias em que o consumo de combustíveis costuma crescer.
A posição da diretoria, no entanto, destoa de declarações anteriores da presidente da empresa, Magda Chambriard, que havia afirmado, em abril, que a Petrobras não repassaria oscilações externas aos preços internos.
De acordo com a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), a gasolina vinha sendo vendida pela Petrobras com valores acima da paridade de importação — o que chegou a R$ 0,26 por litro no início de maio, embora nesta terça (13) o prêmio estivesse em torno de R$ 0,05.
Apesar do impacto que uma redução no preço da gasolina poderia ter na inflação — já que o combustível tem peso relevante no IPCA —, a companhia tem mantido a política de preços com base em múltiplas variáveis, e não apenas na comparação direta com o mercado externo. A estatal não reajusta o valor da gasolina desde julho de 2024.
Já o diesel teve quatro alterações em 2025: um aumento em fevereiro e três cortes entre abril e maio, influenciados pela queda do petróleo no mercado internacional, em meio a tensões comerciais entre China e Estados Unidos.