Dólar sobe 0,52% e fecha a R$ 5,68 após trégua comercial entre EUA e China

 



O dólar encerrou esta segunda-feira (12) em alta de 0,52%, cotado a R$ 5,68, impulsionado pelo fortalecimento global da moeda dos Estados Unidos. O movimento ocorreu após o anúncio de uma trégua comercial temporária entre os Estados Unidos e a China, o que amenizou temores sobre uma possível recessão na economia norte-americana e aumentou o interesse por ativos atrelados ao dólar.

O acordo prevê a suspensão, por 90 dias, de tarifas de importação elevadas que vinham sendo aplicadas reciprocamente entre as duas potências. Os Estados Unidos reduzirão suas taxas sobre produtos chineses de 145% para 30%, enquanto a China diminuirá suas tarifas sobre itens norte-americanos de 125% para 10%.

A notícia provocou uma reorientação dos investimentos, com investidores deixando moedas emergentes, como o real, e voltando a apostar no dólar e nas bolsas dos EUA. Commodities como o petróleo e o minério de ferro registraram valorização, o que ajudou a conter parte da pressão sobre a moeda brasileira.

Durante o dia, a cotação do dólar chegou a atingir R$ 5,70 na máxima. Com o resultado de hoje, a moeda acumula leve valorização de 0,13% em maio, mas ainda registra queda de 8,03% no acumulado do ano.

Pela manhã, o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, declarou à Bloomberg TV que é pouco provável uma redução das tarifas abaixo de 10%, e alertou que medidas mais rígidas podem retornar caso a China não avance em reformas para ampliar seu mercado interno. À tarde, o presidente Donald Trump afirmou que houve uma “reformulação completa” nas negociações com os chineses durante encontro na Suíça e reiterou que pretende dialogar com o presidente Xi Jinping ainda esta semana.